Biografia de
Machado de Assis:
Machado de Assis (1839-1908) foi escritor brasileiro. "Helena",
"A Mão e a Luva", "Iaiá Garcia" e "Ressurreição",
são romances escritos na fase romântica do escritor. Um dos nomes mais
importantes da nossa literatura. Primeiro presidente da Academia Brasileira de
Letras. Foi um autor completo. Escreveu romances, contos, poesias, peças de
teatro, inúmeras críticas, crônicas e correspondências.
Machado de Assis (1839-1908) nasceu no dia 21 de junho, numa
chácara no morro do Livramento no Rio de Janeiro. Filho de José Francisco
Machado de Assis, um mulato, pintor de paredes. Sua mãe Leopoldina Machado de
Assis era lavadeira, de origem portuguesa da Ilha dos Açores. Perdeu a mãe
ainda pequeno e o pai casa-se pela segunda vez. Para ajudar nas despesas da
casa trabalhou vendendo doces. Frequentou por pouco tempo uma escola pública.
Logo cedo mostrou seus pendores intelectuais, aprendeu francês com
uma amiga. Em 1851 morre seu pai. Em 1855 frequentava a tipografia e livraria
de Francisco de Paula Brito, onde se publicava a revista Marmota Fluminense, em
cujo número de 21 de janeiro sai seu poema "Ela". Em 1856 entra na
Tipografia Nacional, como aprendiz de tipógrafo, onde conhece o escritor Manuel
Antônio de Almeida, de quem se torna amigo. Aí permaneceu até 1858.
Machado de Assis retorna, em 1858 para a livraria de Francisco de
Paula Brito, onde se torna revisor. Sem abandonar a atividade literária, passa
a frequentar o mundo boêmio dos intelectuais do Rio de Janeiro. Logo passa a
colaborar para vários jornais e revista, entre eles Revista Ilustrada, Gazeta
de Notícias, e o Jornal do Comércio. Em 1864 publica seu primeiro livro de
poesias, "Crisálidas".
Em 1867 inicia sua carreira de funcionário público. Por indicação
do jornalista e político Quintino Bocaiuva, torna-se redator do Diário Oficial,
onde logo foi promovido a assistente de diretor. Em 1869 casa-se com Carolina
Augusta Xavier de Novais, que o estimulou na carreira literária. Em 1872
publica seu primeiro romance "Ressurreição".
Costuma-se dividir a obra de Machado de Assis em duas fases
distintas. A primeira fase apresenta o autor ainda preso a alguns princípios da
escola romântica. A segunda fase apresenta o autor completamente definido
dentro das ideias realistas. Em 1881 publica o romance "Memórias Póstumas
de Brás Cubas", que marca a fase realista de sua obra, onde revela seu
talento na análise do comportamento humano, descobrindo, por trás dos atos
aparentemente bons e honestos, a vaidade, o egoísmo e a hipocrisia.
Machado de Assis teve uma carreira meteórica, como funcionário
público. Em 1873 foi nomeado primeiro oficial da Secretaria de Estado do
Ministério da Agricultura. Em 1880 já era oficial de gabinete. Em 1888 foi
nomeado Oficial da Ordem da Rosa, por decreto imperial, pelos serviços
prestados ao Estado. Em 1892 assume a direção Geral do Ministério da Viação.
Machado de Assis foi um dos fundadores da Academia Brasileira de
Letras, em 1896. Aclamado presidente , por unanimidade, logo na primeira
reunião, permaneceu no cargo até 1908. Ocupou a cadeira de número 23, cujo
patrono anterior era José de Alencar. Em sua homenagem, a academia é também
chamada de "Casa de Machado de Assis".
Em outubro de 1904 morreu sua companheira por 35 anos, Carolina
Augusta Xavier Novais, que além de revisora de suas obras era também sua
enfermeira pois Machado de Assis tinha sua saúde abalada pela epilepsia. Após
sua morte o romancista raramente saía de casa. Em sua homenagem dedicou o poema
"A Carolina".
Joaquim Maria Machado de Assis morreu no Rio de Janeiro, no dia 29
de setembro de 1908. Foi enterrado no cemitério de São João Batista, na mesma
cidade onde nasceu e viveu toda sua vida. Representando a Academia Brasileira
de Letras, o jurista Rui Barbosa fez um discurso em homenagem ao escritor.